As rotinas Low/No Poo tornaram-se conhecidas
por meio do livro Curly Girl de Lorraine Massey, autora esta co-criadora da famosa
linha Deva Curl, e a partir de então vem sendo disseminada entre as cacheadas
pelo mundo. Essas rotinas visam, não somente a redução ou não utilização de
shampoos, mas também a utilização de produtos com componentes que realmente
tratem o fio de cabelo e não faça apenas uma maquiagem do problema.
O que
diferencia uma técnica da outra?
Basicamente, na rotina Low Poo é possível à utilização de shampoos (sem sulfatos pesados) e produtos que
contenham silicones na fórmula.
Já a rotina No
Poo visa eliminar por completo a utilização de shampoo, seja com sulfato ou
não, e utilizar cremes para realizar a higienização dos fios e couro cabeludo.
Geralmente esses cremes possuem em sua fórmula tensoativos considerados agentes
limpantes leves e capaz de eliminar os resíduos dos produtos finalizadores
liberados para a técnica. Neste caso é proibida a utilização de silicones e
parafinas.
Em ambas as rotinas, a utilização de produtos com parafina líquida (óleo mineral) é proibida por ser considerada solúvel apenas por shampoos com sulfatos pesados como o Lauril Sulfato de Sódio. Acredita-se que agentes limpantes como o sulfato são muito pesados proporcionando uma lavagem agressiva aos fios de cabelo, o que contribui para que os cabelos fiquem ressecados e consequentemente, cachos sem definição. No caso dos componentes não liberados, o que se diz é que formam uma camada de resíduo nos fios dificultando que absorvam os componentes que realmente vão trata-los.
Qual das duas eu fiz e qual me dei melhor?
Em ambas as rotinas, a utilização de produtos com parafina líquida (óleo mineral) é proibida por ser considerada solúvel apenas por shampoos com sulfatos pesados como o Lauril Sulfato de Sódio. Acredita-se que agentes limpantes como o sulfato são muito pesados proporcionando uma lavagem agressiva aos fios de cabelo, o que contribui para que os cabelos fiquem ressecados e consequentemente, cachos sem definição. No caso dos componentes não liberados, o que se diz é que formam uma camada de resíduo nos fios dificultando que absorvam os componentes que realmente vão trata-los.
Qual das duas eu fiz e qual me dei melhor?
Existem muitas adeptas a essa
técnica que obtiveram resultados muito positivos, mas também existem aquelas
que não se adaptaram de maneira alguma. De fato, já tentei ambas as rotinas,
Low e No Poo, sendo a primeira, na minha opinião, a mais usável. O motivo? Na
rotina low poo você não precisa ser tão drástica, pode-se utilizar shampoos sem
sulfato, que é o suficiente para garantir a limpeza dos fios e couro cabeludo.
Os produtos finalizadores liberados para aderir à rotina low poo são também
mais fáceis de encontrar, já que as indústrias, sempre antenas às tendências do
mercado, criaram muitos finalizadores sem a parafina líquida.
Já a rotina no poo foi um
desastre para mim. Além da dificuldade imensa de se encontrar produtos livres
de parafinas e silicones, fazer a higienização dos fios com cremes ao invés de
shampoo acentuou demais a oleosidade do meu couro cabeludo e também a queda.
Diante do tamanho desastre acabei por fazer a técnica por menos de um mês com
receio de piorar ainda mais a situação. Há relatos de que algum tempo depois de
aderir ao no poo os cabelos reagem melhor e a queda e a oleosidade são
reduzidas consideravelmente, mas eu não quis arriscar!!! “Seguro morreu de
velho.”
Hoje não sou mais adepta a
nenhuma dessas rotinas simplesmente porque antes delas eu costumava usar alguns
shampoos com sulfatos e cremes com parafina que eu adorava. Comecei a perceber
também que alguns shampoos sem sulfato ressecavam tanto meu cabelo como alguns
com sulfato, e ainda, cremes liberados causaram mais danos que cremes com
componentes proibidos. Então, comecei a questionar sobre alguns pontos, um
deles é que tenho algumas linhas de produtos para cabelos cacheados em que se
pode encontrar parafina no creme de pentear e o shampoo ser sem sulfato. Quando
uma indústria química lança um produto no mercado, ela faz vários testes a fim
de assegurar sua eficácia, logo, não lançariam um shampoo que não pode eliminar
os resíduos dos demais produtos de sua linha. Outro ponto é o fato de ter que
deixar de usar produtos que eu gosto e que usei por tanto tempo e nunca me
fizeram mal algum. Sempre há alguém dizendo que o mal é sentido em longo prazo,
mas não concordo muito com isso até porque tenho amigas donas de cachos
incríveis e que nunca deixaram de usar seus cremes com Parafina.
De fato, tenho evitado produtos
com parafina simplesmente porque é uma matéria prima extremamente barata e que
realmente não trata os fios. Seu único benefício ao cabelo é formar um filme na
superfície do fio para evitar que a umidade cause frizz. Existem produtos sem parafina nas prateleiras com
tecnologia muito superior e com o mesmo preço de produtos com parafina.
Sobre os meus cachos durante e
após abandonar a rotina: acho que ficaram muito melhores quando houve um
equilíbrio na utilização dos produtos. Reduzi o uso de sulfatos e parafina, mas
não senti a necessidade de eliminar da minha rotina capilar por completo. Ainda
assim, para quem tem os cachos extremamente ressecados e sensíveis a agentes
externos, acho as técnicas super válidas sim!!! Principalmente pelo uso de
agentes de limpeza menos agressivos já que boa parte do ressecamento do cabelo
nós adquirimos durante a lavagem. No entanto, não adianta libertar-se da
ditadura dos lisos e mergulhar em outra a procura dos cachos perfeitos, aceitar
a natureza dos fios é o mais importante na hora de cuidar dos cachos. Vale também
salientar a importância de respeitar a escolha de quem adere ou não a essas
técnicas. Algumas pessoas se irritam com o fato de não concordarem com suas
opiniões acerca da utilização da técnica e isso é um tanto quanto chato.
Concluindo, use aquilo que você
gosta e sente que faz bem ao seu cabelo, seja qual for a técnica escolhida para
os seus cuidados capilares.
Bjss e até a próxima :*
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